Aprender é preciso, viver novas experiências também!

Se para o poeta português Fernando Pessoa e o general romano Pompeu em tempos remotos: “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Hoje, essa máxima seria diferente, provavelmente diriam: “Aprender é preciso, viver novas experiências também”.

Nesse contexto, a educação surge como uma importante aliada na busca pela aprendizagem e conquista de novas experiências ao longo da vida. O que foi documentado em estudo recente, publicado em janeiro de 2021, na revista Gerontology and Geriatric Medicine, onde pesquisadores por meio de uma revisão sistemática e meta-análise identificaram que a educação formal e/ou novas aprendizagens contribuem para o aumento do bem-estar, qualidade de vida, função cognitiva, autodependência e no sentimento de pertencimento entre pessoas idosas (Cori e colegas, 2021).

Segundo o estudo, a aprendizagem também pode ajudar indivíduos vulneráveis ​​e mais velhos a manter uma qualidade de vida apesar de doenças crônicas e dificuldades funcionais, destacando-se que as intervenções educacionais formais são particularmente relevantes para pessoas com demência ou declínio cognitivo. A escolaridade fornece proteção contra o declínio cognitivo e a demência. No entanto, pesquisas recentes mostram que manter a chamada “reserva cognitiva” por meio de ocupações intelectuais, envolvimento em atividades sociais e de lazer, junto a atividades educacionais contínuas ao longo da vida adulta, é importantíssimo.

Assim, pensando em espaços que oferecessem estímulos para a educação permanente, atividades sociais e de lazer, surgiram em meados da década de 1970 as Universidades da Terceira Idade, conhecidas no mundo pelas siglas U3A (University of the Third Age), inicialmente na França, depois ao redor do mundo. No Brasil, o primeiro programa com características de uma U3A, foi criado em 1982 na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Quase uma década depois, em 1990, a Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas passou a oferecer o programa, seguida da implantação do programa nas Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Atualmente, existe uma variedade de universidades com o programa, com diferentes nomes e modelos. Contudo, apesar das diferentes terminologias, recursos disponíveis, público-alvo e características socioeconômicas, esses programas apresentam elementos em comum, como a preocupação com a qualidade de vida da pessoa idosa, promoção de saúde, participação e autonomia, ofertando oportunidades de inserção social, intelectual e desenvolvimento social e coletivo.

E aí, você já participou de uma Universidade da Terceira Idade? Se sim, como foi a experiência?

Deseja participar e não sabe como? Segue um passo a passo de como encontrar a U3A mais próxima da sua casa:

Primeiramente, entre na página do Google Chrome e digite: Google Maps. Após isso, escreva na barra de pesquisa: Universidade terceira idade + proximidades. Localize as principais U3A próximas à sua casa, bairro ou cidade. Após encontrar, clique no ícone da localidade, onde será possível observar a rua, telefone, website (se houver) entre outras informações para você entrar em contato.

Novas Experiências

Assinam este artigo

Tiago Nascimento Ordonez

Gerontólogo pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Estatística Aplicada pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Exerceu a função de Gerontólogo na Prefeitura de São Caetano do Sul entre os anos de 2014 a 2016. E esteve como coordenador do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFVI) da Prefeitura de Diadema entre 2017 e 2020. Atualmente é membro da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG).

Graciela Akina Ishibashi

Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Realizou estágio no Centro Dia Bom Me Care entre os anos de 2019 a 2020. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro. Tem interesse na área de estimulação cognitiva com jogos. Já foi voluntária na Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP60 + nas oficinas de origami, dança sênior e letramento digital. 

Cássia Elisa Rossetto Verga

Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro. Tem interesse na área de treino e estimulação cognitiva para idosos, com enfoque em neurologia cognitiva. É membro da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Já foi bolsista PUB da Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP60 + nas oficinas de música e letramento digital. Participou como assessora de Projetos e Recursos Humanos na Empresa Geronto Júnior entre os anos de 2019 a 2020.

Guilherme Alves da Silva

Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro. Tem interesse na área de treino de estimulação cognitiva, com foco na prevenção das funções cognição globais e no estudo da  neurociência. Já foi voluntário na Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP60 + nas oficinas de teatro, música e dança sênior. Ex-Diretor do Recursos Humanos (RH) da Empresa Júnior de Gerontologia e assessor em Marketing Digital(MD) entre os anos de  2019 a 2020. É membro da Liga de Gerontologia. É membro da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG).

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.

Publicado em: 18/10/2021 Por Assessoria de Imprensa SUPERA

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