Jogos puzzle e seus possíveis efeitos na cognição de adultos e idosos!

As intervenções com jogos do tipo “puzzle”, como quebra-cabeças, palavras-cruzadas, sudoku, dentre outros, são atividades de estimulação cognitiva que possibilitam a preservação da função cognitiva na população idosa.

De certa forma, essas atividades são mais acessíveis a todo tipo de público, diferente das intervenções com a utilização de tecnologias, como os jogos online, que necessitam de acesso a celulares e computadores. Mas afinal, qual a relevância de se fazer estimulações cognitivas com jogos tipo puzzle?

Estima-se que cerca de 15% da população mundial, mais de um bilhão de pessoas, sofrem de alguma forma de deficiência e uma grande proporção desse grupo sofre de deficiência cognitiva específica (OMS, 2021).

Portanto, nesse cenário, torna-se de extrema relevância a investigação e documentação dos possíveis efeitos dessas intervenções, como fizeram Helen Brooker e colaboradores em um estudo publicado em 2019.

Este estudo identificou uma estreita relação entre a frequência de uso de quebra-cabeças numéricos e a qualidade da função cognitiva em adultos de 50 a 93 anos.

A fim de determinar o valor dessas descobertas como uma potencial intervenção, pesquisas adicionais devem explorar o tipo e a dificuldade dos quebra-cabeças numéricos. Essas descobertas contribuem ainda mais para a evidência crescente de que o envolvimento em atividades estimulantes mentais pode beneficiar a função cerebral da população em envelhecimento (Brooker et al., 2019).

Os Jogos, de modo geral, sempre foram sinônimos de lazer e interação entre amigos e familiares, essas interações propiciam um maior contato entre as diferentes gerações, ajudando a compreensão e desmistificação da velhice. Além disso, hoje em dia, eles não são utilizados apenas para o entretenimento, mas podem ajudam a exercitar o cérebro, potencializando a aprendizagem ao longo do envelhecimento, estimulando os indivíduos nas diferentes fases da vida e até mesmo na velhice, principalmente, mantendo habilidades como memória e garantindo qualidade de vida para estes idosos.

Por fim, segundo Staff e colegas (2018), os jogos podem proporcionar benefícios para a cognição. No entanto, quando acompanharam quase 500 pessoas idosas ao longo de um período de 15 anos, os resultados mostraram que, embora as palavras cruzadas e o Sudoku tenham o potencial de aumentar a capacidade cognitiva, essas atividades de resolução de problemas não tiveram influência sobre o declínio cognitivo com o envelhecimento.

Agora que você já sabe o que são jogos puzzle e os benefícios no desempenho cognitivo, aproveite para conhecer as atividades realizadas pelo Supera e fortaleça a sua reserva cognitiva, cuidando da saúde do seu cérebro.

Assinam este artigo

Tiago Nascimento Ordonez

Gerontólogo pela Universidade de São Paulo (USP), especialista em Estatística Aplicada pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e Pós-graduando do MBA em Data Science e Analytics pela USP. Exerceu a função de Gerontólogo na Prefeitura de São Caetano do Sul entre os anos de 2014 a 2016. E esteve como coordenador do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFVI) da Prefeitura de Diadema entre 2017 e 2020. Atualmente é membro do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo (GETC) da USP.

Guilherme Alves da Silva

Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro. Tem interesse na área de treino de estimulação cognitiva, com foco na prevenção das funções cognição globais e no estudo da neurociência. Já foi voluntário na Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP60 + nas oficinas de teatro, música e dança sênior. Ex-Diretor do Recursos Humanos (RH) da Empresa Júnior de Gerontologia e assessor em Marketing Digital (MD) entre os anos de 2019 a 2020. É membro da Liga de Gerontologia. É membro da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG).

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo. Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.

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Publicado em 18.01 2022-Por VMCom Fonte Assessoria Supera