Você sabe o que são funções cognitivas?

Você sabe, o que são funções cognitivas? Se não, vai aprender um pouco aqui e entenderá como elas são importantes para o funcionamento cerebral. As funções cognitivas são responsáveis pelo funcionamento do cérebro, determinando a capacidade do indivíduo em aprender, processar e compreender. Ela engloba a memória, atenção, funções executivas, habilidade visuoespacial e linguagem.

Quem nunca ouviu falar sobre, “estou com problemas de memória, ando esquecendo as coisas, não consigo me recordar sobre o que fiz”… Essas são algumas das frases comuns do nosso cotidiano e aqui vamos buscar entender o motivo dessas reclamações.

A memória faz parte da essência do indivíduo, onde ele traz consigo sua história de vida e o como foi marcante cada acontecimento vivido e experimentado, deste modo para isso acontecer temos que ter emoção em cada momento que ficará em nossa memória.

Existem alguns tipos de memória como memória de curto prazo, que guarda a informação por curto período e dentro da memória de curto prazo existem alguns subtipos como memória imediata, que é quando o indivíduo tem que guardar algum conhecimento em pouco tempo, como o nome de um objeto e a memória de trabalho ou operacional,em que a pessoa deve armazenar a informação para processar algo, um exemplo dessa memória são os cálculos mentais.

Memória de longo prazo

Além disso, temos a memória de longo prazo, como a memória declarativa ou explícita, onde o indivíduo consegue contar algo. A memória não-declarativa, um exemplo seria como a prática de algo, que pode ser lembrado e ensinado verbalmente, como aprender a pilotar um avião. Também temos a memória semântica, que se refere a linguagem, conhecimento do mundo por meio das palavras. Por fim, a memória episódica e/ou autobiográfica, que são os acontecimentos marcantes da história de vida de cada pessoa, por isso temos muitas reclamações e/ou medos, quando se fala de memória, pois os indivíduos têm receio de esquecer ou de perder autonomia das suas vidas.

As emoções são uma condição em que o indivíduo apresenta fisiologicamente e mentalmente, que ocasiona diversas reações, contudo ela pode modificar o estado do indivíduo no momento, tendo como consequência modificações no comportamento e na aprendizagem.

Você já percebeu, que quando uma pessoa tem emoção positiva no momento do aprendizado e/ou de um evento, ele tem mais chances de se recordar posteriormente daquele episódio ou do aprendizado? Esses são momentos únicos, que podemos guardar como lembranças, por isso a ideia de trazer um acontecimento na vida de alguém como algo positivo e marcante pode gerar recordações.

Funções Cognitivas Supera Criciúma
Kid girl playing toys at home or kindergarten

A emoção é uma resposta, quem nunca se emocionou com uma festa de aniversário surpresa e/ou com um presente que não esperava? Certamente, já ocorreram esses momentos em sua vida e você se recorda com muito carinho e amor. Na escola, você se recorda mais da professora que ensinava com amor ou da que estava ali por obrigação? Não é difícil responder essa pergunta, mas pelo motivo de que a emoção e a memória são interligadas, nesse sentido a emoção provocada gera uma memória, principalmente se a emoção for positiva.

As memórias desencadeiam emoções ou as emoções despertam as memórias? Quantas vezes você não sorriu, chorou, sentiu raiva ou alegria ao lembrar-se de um acontecimento ou de alguém? E quantas tantas vezes, ao sentir medo, por exemplo, não lembrou de uma situação do passado? Refletindo sobre essas questões percebemos que há uma relação entre memória e emoção, mas o que diz a ciência sobre o assunto?

De acordo com pesquisadores, as emoções são a associação entre respostas comportamentais e fisiológicas, geradas a partir de uma experiência. Por exemplo, muitas pessoas sentem-se nervosas ao se apresentarem em público e nessas situações acabam transpirando em excesso, as mãos ficam trêmulas e a voz falha. Esses sinais são, portanto, as respostas fisiológicas e comportamentais que algumas pessoas manifestam ao vivenciarem a experiência da exposição.

Ainda conforme apresentado em estudos científicos, regiões específicas do cérebro identificam quais informações decorrentes das emoções devem ou não ser armazenadas. Esse é conhecido como aprendizagem. Nesse sentido, podemos afirmar que emoção, aprendizagem e memória complementam-se.

O resgate das memórias pode ser realizado de modo inconsciente ou consciente, através de estímulos direcionados, que por sua vez, podem se dar por meio de atividades simples ou intervenções específicas, veja alguns exemplos:

  • Olhar fotos, com pessoas queridas e/ou de momentos marcantes;
  • Construir uma árvore genealógica, contendo o nome desde os ascendentes da família ao descendente mais jovem;
  • Ouvir músicas antigas;
  • Terapia de reminiscências – através dela é possível recordar acontecimentos da própria vida (memórias autobiográficas).

E você, o que desperta a sua memória afetiva? O cheiro de terra molhada, o barulho do carro parecido com o do carro que o seu avô possuía, a flor preferida da sua esposa quando ainda namoravam, o bolinho de chuva que a sua mãe fazia no final da tarde… Temos um desafio para você!

Escolha um dos exemplos citados e sozinho ou juntamente com as pessoas que moram com você, recorde uma boa lembrança e desperte emoções positivas.

Assinam esse artigo:

Gabriela dos Santos, Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Gerontologia pela Universidade de São Paulo (USP), Graduada em Gerontologia pela USP, com Extensão pela Universidad Estatal Del Valle de Toluca. Assessora científica.

Ana Paula Bagli Moreira, Gerontóloga pela Universidade de São Paulo (USP), com extensão pela Universidad Estatal Del Valle de Toluca – México. Assessora científica do projeto de pesquisa de validação do Método SUPERA e pós-graduanda em MBA em Gestão de Saúde pelo Centro Universitário São Camilo.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva, Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. E assessora científica e consultora do Método SUPERA.

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Publicado em: 25/08/2021 Por VMCom Fonte Método Supera