Atividades intelectuais: quando podemos considerar desafiadoras e estimulantes?

Atividades intelectuais estimulantes são aquelas que envolvem um processamento ativo das informações e determinam demandas significativas nas habilidades mentais, como na aprendizagem, na integração de informações e na flexibilidade mental.

No entanto embora não haja um certo consenso quanto à definição conceitual do que seria uma atividade intelectualmente estimulante, na prática encontramos dificuldades para estimar a demanda cognitiva envolvida na realização de cada atividade.

Assim, como a seleção de atividades para definir esse conceito tem se baseado em julgamentos heterogêneos resultando em grande diversidade entre os estudos e vertentes teóricas.

Um estudo interessante para classificar diferentes atividades de estimulação cognitiva por exemplo, contou com uma equipe de nove profissionais da área de psicologia cognitiva, que foram chamados para ranquear o grau de demandas cognitivas de cada uma das 23 atividades investigadas no Lifestyle Acctivity Questionnaire.

Assim os pesquisadores conseguiram estabelecer uma hierarquia relativa entre as atividades e investigar se as atividades com maior demanda cognitiva apresentariam maior efeito neuro protetor contra o declínio cognitivo.

No entanto os resultados não comprovaram a validade deste tipo de classificação. De modo geral, as atividades classificadas como tendo maior demanda cognitiva não apresentaram maior efeito protetor.

Sabe-se também que as diferentes nomenclaturas que são utilizadas para denominar intervenções realizadas com as pessoas idosas, demostram uma outra vertente, de apresentação do que seriam atividades intelectualmente estimulantes.

Sendo definidas com o intuito de otimizar a capacidade de memorização, ou ainda de melhorar o desempenho em tarefas como linguagem, atenção, raciocínio, velocidade de processamento dentre outras.

Os programas específicos para a memória, por exemplo recebem o nome de treino de memória e as sessões costumam incluir exercícios de memória e ensinar técnicas de memorização.

Alguns estudiosos definem o treino cognitivo como uma intervenção ao qual há o ensino sistematizado de estratégias para garantir um melhor desempenho cognitivo.

Podendo ser ensinadas estratégias como a categorização, a criação de imagens mentais, as associações verbais, ou as imagens mentais para reforçar o processo de memorização.

A estimulação cognitiva, por outro lado, baseia-se na realização de exercícios cognitivos regulares que podem ser realizados em grupo e/ou individualmente.

As sessões podem envolver exercícios de atenção visual, auditiva; de velocidade de processamento; linguagem; memória episódica, memória operacional, visuo-construção, planejamento, dentre outras.

            Destaca-se que o número de pesquisas sobre programas de treino cognitivo para idosos, tem aumentado gradativamente nos últimos dez anos.

As pesquisas científicas têm sugerido que os idosos saudáveis que realizam atividades de estimulação cognitiva apresentam um aumento significativo do desempenho em testes relacionados ao treino e muitas vezes apresentam ganhos e benefícios que se expandem para habilidades não treinadas.

Neste sentido educar o indivíduo para conhecer e acreditar em suas reais capacidades, desenvolver seus talentos, ensiná-lo a colocar o conhecimento a serviço de sua construção como sujeito, criar oportunidades para que aprenda a enfrentar obstáculos e preconceitos sociais, são ações que significam contribuir para promover a sua qualidade de vida e para o aprimoramento de sua cidadania.

Vista dessa forma, a educação para adultos maduros e idosos apresenta-se como uma resposta inovadora aos novos desafios e demandas sociais gerados pela emergência de um novo grupo etário e de uma nova fase no curso de vida.

Se pensada no contexto da educação ao longo de toda a vida, as estratégias para melhorar o desempenho de memória e das habilidades mentais, representam mecanismos promotores de mudanças culturais e sociais.

Reforçando a relevância das intervenções de memória, sejam elas treino ou estimulação cognitiva, visto que a preservação da saúde cognitiva da pessoa idosa está relacionada à sua saúde global, a maior longevidade e a manutenção de sua autonomia e independência, diminuindo assim riscos de hospitalização e de institucionalização do indivíduo no decorrer da velhice avançada.

Se você ainda não faz exercícios para treinar a memória, cuide da sua do seu cérebro, nunca é tarde para começar.

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Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método SUPERA.

Publicado em: 04/06/2021 Fonte Assessoria de Imprensa SUPERA