Meditação e desempenho de memória: o que dizem as pesquisas?

Embora o ato de meditar remeta à religiosidade oriental – como o budismo e hinduísmo – essa prática milenar tem sido tema de vários estudos científicos nos últimos anos. Isto porque foi encontrada associação na literatura entre meditação e melhorias em diferentes aspectos neurocognitivos que dizem respeito à nossa saúde mental e qualidade de vida, especialmente quando a técnica empregada é a mindfulness(atenção ou consciência plena).

Tal técnica foi inserida no contexto acadêmico em meados da década de 1970 nos Estados Unidos pelo Dr. Jon Kabat-Zim, atualmente professor emérito da Escola de Medicina da Universidade de Massachusetts, conhecido internacionalmente por seu trabalho como cientista, escritor e professor de meditação empenhado em trazer a atenção plena ou mindfulness para a corrente principal da medicina e da sociedade.

Trata-se de uma técnica que se utiliza de um processo pelo qual aperfeiçoamos nossa atenção e percepção do momento presente, refinando-as e conduzindo-as para um maior uso prático em nossas vidas.

Um procedimento que pode nos ajudar a perceber que o caminho a que chamamos de nossa vida tem direção; que ele está sempre se desdobrando, a cada momento; e o que acontece agora, neste instante, influencia o que acontecerá a seguir. Além disso, trata-se de uma intervenção não farmacológica acessível e de fácil aprendizagem.

Muitos dos adeptos da meditação fazem uso desta abordagem no contexto de terapias complementares ao tratamento de doenças crônicas ou de dependência química.

Há, também, os que a utilizam simplesmente como uma estratégia de promoção de saúde, dada a sua influência em aspectos cognitivos – como a atenção – e redução do estresse, ao passo que outros objetivam uma melhor performance em práticas esportivas. Mas, ainda no âmbito cognitivo, será que a meditação pode trazer mudanças relevantes para a memória?

Em um estudo longitudinal controlado realizado por Hölzel e colaboradores em 2011, imagens de ressonância magnética revelaram que os indivíduos que foram submetidos a uma intervenção com práticas meditativas no estilo mindfulness, durante oito semanas, apresentaram aumento na densidade de massa cinzenta do hipocampo, em comparação com o grupo-controle que nunca meditou.

Como o hipocampo é a região cerebral envolvida em processos relacionados à memória, os resultados sugerem que a técnica mindfulnessimpacta positivamente sobre este subsistema cognitivo.

Publicações recentes endossam o que fora anteriormente encontrado. Um estudo publicado em 2021 e intitulado “A meditação mindfulness melhora a memória visual de curto prazo” revelou que uma única sessão de intervenção com a técnica mindfulness foi capaz de melhorar o desempenho dos participantes da pesquisa no que diz respeito à memória visual de curto prazo, em comparação com um grupo controle.

E aí, ficou interessado(a) na técnica? Se sim, a seguir o link de uma entrevista (legendada em português) com o Prof. Dr. Jon Kabat-Zim, fundador da Clínica de Redução de Stress baseada em Mindfulness (em 1979) e do Centro para Mindfulness em Medicina, Saúde e Sociedade (em 1995): https://www.youtube.com/watch?v=oxtipqMXoZ0. E, para treinar a habilidade de atenção ou consciência plena, alguns aplicativos para você baixar em seu smartphone ou tablet:

Headspace: Meditação e Mindfulness

Para Android: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.getsomeheadspace.android

Para IOS: https://apps.apple.com/us/app/headspace-com-meditation-mindfulness/id493145008

5′ Minutos, Eu Medito

Para Android: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.polvo.cincominutos

Para IOS: https://apps.apple.com/br/app/5-minutos-eu-medito/id687191889

Meditações Jon Kabat-Zinn – (desenvolvido pelo Prof. Dr. Jon Kabat-Zim):

Para Android: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.mindfulnessapps.jkz

Para IOS: https://apps.apple.com/us/app/jon-kabat-zinn-meditations/id1514947607#?platform=iphone

Boa meditação!

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Assinam este artigo

Manuela Lina da Silva

Gerontóloga pela Universidade de São Paulo (USP), com realização de intercâmbio de Graduação pelo Programa de Mobilidade Acadêmica em Gerontologia da Escola Superior de Saúde (ESSa) do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) – Portugal. Exerceu estágio-voluntário na Santa Casa de Misericórdia de Bragança – Portugal e foi bolsista no Projeto Bairro Amigo do Idoso – Brás/Mooca (SP).

Tiago Nascimento Ordonez

Gerontólogo pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Estatística Aplicada pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Exerceu a função de Gerontólogo na Prefeitura de São Caetano do Sul entre os anos de 2014 a 2016. E esteve como coordenador do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFVI) da Prefeitura de Diadema entre 2017 e 2020. Atualmente é membro da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG) e pesquisador do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.

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Publicado em: 30/08/2021 Fonte Assessoria de Imprensa SUPERA