Como ter amigos na velhice? Confira 7 motivos para criar vínculos

Como ter amigos na velhice? Uma pergunta difícil de ser respondida, mas que precisa ser normalizada.

Tal como em qualquer fase da vida, todos nós apreciamos a sensação de pertencer a algum lugar, pode ser um clube de leitura, um time de futebol ou os amigos da vizinhança. Isso não é diferente para o público 60+, afinal, estabelecer redes de contato contribui e muito para essa etapa de vida.

Inclusive, no final da década de 90, a Organização Mundial da Saúde passou a utilizar o termo “envelhecimento ativo” buscando incluir outros fatores que não só a saúde que também impactam na vida da população 60+.

Essas iniciativas tornam-se cada vez mais necessárias e importantes, tendo em vista que, no mundo, a expectativa de vida da população passou de 64,2 anos em 1990 para 72,6 anos em 2019, estima-se que em 2050 esse número subirá para 77,1 anos. Só no Brasil, a expectativa de vida já atinge 76,6 anos, segundo dados do IBGE, e é preciso estar preparado para cuidar desse novo grupo que só tem crescido.

Neste sentido, investir em atividades que proporcionam qualidade de vida podem ajudar, e os vínculos estabelecidos entre a população 60+ e seus amigos e familiares podem ajudar.

Neste artigo vamos entender qual o papel que os vínculos afetivos desempenham para a saúde e qualidade de vida dos idosos e por que é tão importante estabelecer relações de proximidade na velhice.

A importância da amizade para os idosos

É durante a velhice que ocorrem mudanças de diferentes dimensões, físicas, emocionais, financeiras e sociais, além da relação de dependência e perda da autonomia que aterroriza esse grupo. Algumas atitudes simples podem tornar esse período um mais leve e saudável.

Para além das redes de apoio formal, que incluem o contato com médicos, hospitais, cuidadores e profissionais da saúde de modo geral, as redes de apoio informais, que relacionam-se com o contato de familiares, amigos e outros círculos sociais, exercem grande impacto na saúde e bem-estar dos idosos.

Embora possa parecer algo simples, um papo com o vizinho, com netos ou filhos é crucial para os idosos.

Os efeitos positivos dessa prática foram observados na pesquisa realizada pela Universidade Santa Cruz do Sul, que ouviu relatos de mais de 240 idosos entre homens e mulheres. Entre os benefícios, os pesquisadores notaram que estabelecer vínculos contribui para a facilidade com que os idosos se relacionam tanto com familiares quanto amigos.

É também durante essa fase que os papéis sociais dos idosos passam por transformação, sobretudo com relação ao trabalho e sua função enquanto responsáveis pelos filhos, pois sabemos que, embora nunca deixem de ser pais e mães, a necessidade de cuidados para com os filhos passa a demandar menos e isso implica em alterações significativas no cotidiano desses idosos, que devem ser preenchidas de alguma outra forma, por meio de novos papéis sociais, novos amigos e atividades também diferentes. 

Nesse sentido, construir vínculos afetivos proporciona diversos benefícios, confira 6 deles no próximo tópico. 

7 motivos para ter amigos na velhice

Assim como na infância e idade adulta, os cuidados na velhice incluem uma alimentação saudável, a prática de exercícios físicos e, claro, aquelas boas e afetivas amizades!

Elas nos tornam mais felizes, seguros e são indispensáveis quando os filhos crescem e o tempo para si mesmo é maior.

Afinal, envelhecer é um processo natural, mas isso não significa dizer que você não pode atravessar esse período da melhor forma possível!

Separamos 7 motivos para estabelecer vínculos na velhice e aproveitar tudo o que essa etapa da vida pode te oferecer!

Ajuda a imunidade

O isolamento e a falta de vínculos, bem como a ausência de familiares próximos, está relacionado com o surgimento de diversas doenças que, embora não sejam fatais em sua maioria, comprometem o desempenho e a autonomia dos idosos em suas tarefas diárias.

Os impactos do isolamento ganharam a atenção de pesquisadores sobretudo na pandemia. Na Universidade de Chicago, um estudo mostrou que o isolamento pode aumentar em até 14% o risco de morte em idades avançadas.

De forma contrária, estar em contato com outras pessoas que nos proporcionam bem-estar ajuda nosso sistema imunológico. 

Evita depressão

A depressão é um dos transtornos mais comuns entre a população idosa, ela os torna vulneráveis e atua como uma porta de entrada para outras complicações, como a ingestão de mais medicamentos e dores físicas.

Ela também pode tornar mais frequente a solidão, que também ocasiona doenças que comprometem a qualidade de vida dos idosos.

Atualmente já existem estudos que indicam que o isolamento social aumenta 29% os riscos de doenças cardíacas e acidentes vasculares em até 32%.

Assim, estar em contato com outras pessoas atua como um antídoto para esses transtornos ocasionados pela falta de convívio social.

Ter amigos na velhice: sensação de pertencimento

É possível entender a importância de ter amigos na velhice quando compreendemos que estabelecer vínculos contribui para a sensação de pertencimento dos idosos, o convívio com familiares, grupos de apoio, e principalmente as atividades de lazer, são algumas das formas que os tornam mais autônomos e satisfeitos com sua vida durante essa fase, reforçando sua relação de pertencimento com o ambiente ao seu redor.

O contato com a geração mais nova, o que para os idosos geralmente ocorre por meio da comunicação e convívio com netos, também permite que ele conheça a dinâmica do mundo atual e todas as mudanças que estão presentes na nossa sociedade.

É também uma oportunidade para compartilhar histórias e transmitir conhecimento para a nova geração, fortalecendo e nutrindo ainda mais os vínculos entre vivências tão distantes.

Liberdade

É justamente por ocuparem essa posição de dependência que muitos idosos ficam limitados e passam a depender de terceiros para cumprirem com suas consultas médicas, atividades de esporte, mas também de lazer.

Neste sentido, quando o idoso possui laços afetivos bem estabelecidos e relações de proximidade, sobretudo fora do âmbito familiar, ele possui maior sensação de liberdade e autonomia sobre sua vida.

Ajuda o cérebro

Exercitar o cérebro na terceira idade é fundamental, sobretudo porque os idosos são mais propensos a contrair doenças neurodegenerativas.

Embora as razões para o surgimento do Alzheimer sejam complexas e diversas, existe uma literatura ampla que estuda as formas eficazes de reduzir ou retardar os efeitos dessa doença.

Em uma pesquisa desenvolvida por estudiosos da Universidade de Nova York foi observado que as interações sociais podem ter bons resultados na prevenção da doença.

Os pesquisadores observaram que entre aqueles com 40 e 50 anos que não tinham pessoas para conversar a idade cognitiva era quatro vezes maior do que aquelas que tinham contato regular com outras pessoas.

Dessa forma, estabelecer contato é uma das formas que contribuem para um envelhecimento cerebral saudável.

Segurança e acolhida

Em um período que muitas vezes a dependência é uma realidade, sentir-se acolhido e querido pela família e amigos aumenta a sensação de segurança e proteção em torno do idoso. Ele também passa a se sentir mais importante, isso contribui diretamente para sua autoestima.

Ter amigos na velhice: qualidade de vida

Todos esses motivos para criar vínculos na velhice, sem dúvida, impactam positivamente na qualidade de vida e saúde dos idosos, seja com relação à dimensão física, mental e cognitiva.

A ginástica para o cérebro do Método SUPERA também pode auxiliar esse público em uma idade tão importante que é o envelhecimento. Você conhece um pouco sobre a nossa história e o que podemos te oferecer? Conheça o Supera Criciúma

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